terça-feira, 19 de junho de 2012

Conseqüências Sociais dos Processos de Urbanização Brasileira do século XX

Baseado no artigo: Deslocamento da população brasileira para as metrópoles e o filme Pixote – A Lei dos mais fracos

O deslocamento da urbanização  população brasileira é decorrente do século XVI,porém seu avanço começou  no final do século XIX, na qual a partir daí o país  recebeu mais de um milhão de estrangeiros, com a chegada do século XX esse número foi crescendo muito rápido, para uma época em que ainda ocorria a  Revolução Industrial. Até a metade do século passado à população urbana ainda era inferior do que a rural e somente nesse período que o Brasil  tornou-se um país urbano.


A medida que a industrialização foi crescendo, grande parte da população rural foram atraídos  pelas grandes metrópoles tais como São Paulo e Rio de Janeiro, com o intuito de trabalhar no mercado industrial que já estava crescendo num êxodo rural, gerando assim, mais oportunidades de empregos e,conseqüentemente a cidade cresceria junto, atraindo mais ainda o número de população,tanto daqui do Brasil como no exterior.  O que chamamos de Emigração e Imigração, em que recebemos em nossas próprias capitais, população vinda de outras localidades do Brasil e os estrangeiros que vieram em busca de crescimento em um  país que estava se desenvolvendo e buscava pessoas qualificadas.
Ao longo das décadas a população brasileira cresceu de forma avassaladora, as cidades também  tiveram crescimento em relação ao tamanho, formando imensas malhas urbanas, ligando uma cidade a outra e criando regiões metropolitanas.

Nossos parentes mais antigos, como nossos avós era comum no século passado, até meados da década de  50/60,  mulheres terem muitos filhos, o que fez com que a população aumentasse,não somente os nascidos no Brasil,como estrangeiros.  Contudo, na década de 70, houve uma queda de número de fecundidade das mulheres. Se antes, um casal tinha mais de 5 filhos, hoje a média é ter um a 3 filhos.  O que leva a crer que hoje, as mulheres estão muito mais informadas e, naquela época começaram a ocupar lugares no mercado de trabalho.

Com esse crescimento urbano, houve conseqüências sociais nessas áreas, como o trabalho informal e o desemprego  decorrente de sucessivas crises econômicas e a falta de mão-de-obra qualificada. Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infra-estrutura ( como saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação, policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição, seqüestros etc.).

Podemos citar como exemplo desse tipo de conseqüência do crescimento urbano, o filme brasileiro  Pixote - a Lei do mais fraco, dirigido por Hector Babenco, tendo uma ótima repercussão e crítica na década de 80,sendo considerado um dos melhores filmes.  Retrata a vida de garotos de ruas de classe baixa, que não tem recursos para estudar e uma família bem estruturada que possa dar-lhes uma vida mais saudável.  O filme cita pontos polêmicos, a presença de drogas na vida de meninos de rua, o descobrimento da homossexualidade, a marginalização, tais como  roubo e assassinado e, o abuso sexual a menores de idade. A violência urbana começando desde cedo entre crianças e adolescentes que se estende até os dias de hoje, reflexo de uma família desestruturada.

Concluo que as conseqüências sociais  gerado com o aumento de urbanização, é do poder público uma negligencia perante a esses acontecimentos, muitas vezes passando despercebidos, como se esquece desse outro lado ainda existente em nosso país. Por outro lado, há uma culpa da própria população, principalmente por parte de família classe baixa que costuma ter um número grande de filhos sem ao menos ter necessidade para cuidar de todos, mas sem generalizar,até porque o motivo  desse aumento é devido a falta de informações,conhecimentos, muitos  não tiveram recursos financeiros e não freqüentaram escolas , o que levou a não ter um diploma acadêmico e trabalhar para o governo e receber um salário miserável,não tendo benefícios a educação e saúde em redes públicas. 

Trabalho realizado para a disciplina Formação da Sociedade Brasileira - Universidade de Mogi das Cruzes. Por: Ana Paula Bastos

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